Tradicional porta de lançamento para novas e avultadas encomendas, o salão do Bourget, no norte de Paris, não arranca de forma favorável para a Boeing (NYSE:BA). O fabricante norte-americano apresentou esta segunda-feira um pedido de desculpas pelas cerca de 350 vítimas mortais dos dois acidentes aéreos com o modelo estrela 737MAX, ao mesmo tempo que recebia notícias de um atraso no primeiro voo do novo 777X, depois da deteção de um problema de motor.
O presidente-executivo da Boeing, Kevin McAllister, diz que a marca enfrenta "um dos momentos mais difíceis", mas também "cruciais", um momento de "introspeção" e "aprendizagem", para "garantir que acidentes como estes não voltam a reproduzir-se".
A rival Airbus - apesar de envolvida num longo escândalo de corrupção - aproveita para ganhar terreno em termos de produção. A construtora europeia apresentou uma nova versão do A321, designada XLR, com um longo raio de ação, capaz de percorrer distâncias de até 8700 quilómetros. Segundo a agência Reuters, a Airbus poderá anunciar até 200 encomendas no novo modelo no salão do Bourget.