O porta-voz da Comissão Europeia respondeu às acusações do gigante tecnológico Microsoft (NASDAQ:MSFT), segundo as quais o executivo comunitário foi o responsável pela enorme falha informática que causou o caos comercial na semana passada.
Em declarações à Euronews, afirmou que a Microsoft nunca levantou quaisquer preocupações sobre segurança com a Comissão, nem antes nem depois do incidente.
A falha, que afetou 8,5 milhões de computadores com Windows e que utilizavam o software de cibersegurança Falcon da CrowdStrike, provocou a suspensão de voos, a impossibilidade de as empresas processarem pagamentos com cartão e o cancelamento de operações em hospitais e clínicas.
Um porta-voz da Microsoft sugeriu ontem aos meios de comunicação social norte-americanos que um acordo de 2009 com a Comissão Europeia tinha sido o responsável pela falha informática generalizada da passada sexta-feira.
De acordo com o porta-voz da Microsoft, o acordo de 2009 "dá aos fabricantes de software de segurança o mesmo nível de acesso ao Windows que a Microsoft tem". Este acordo destinava-se a contrariar a posição monopolista da Microsoft, nomeadamente nos navegadores Web.
Em contrapartida, a Apple (NASDAQ:AAPL), que não foi incluída no acordo, opera num ecossistema fechado, pelo que não foi afetada por este mau funcionamento da atualização.
A Microsoft é livre de decidir o seu modelo de negócio. Cabe à Microsoft adaptar a sua infraestrutura de segurança para responder às ameaças, em conformidade com a lei da concorrência da UE. Além disso, os consumidores são livres de beneficiar da concorrência e de escolher entre diferentes fornecedores de cibersegurança".
O porta-voz afirmou ainda que "o incidente não se limitou à União Europeia e que a Microsoft nunca manifestou quaisquer preocupações em matéria de segurança à Comissão, nem antes nem depois do incidente".