A Suécia notificou um caso de uma nova variante mais grave da mpox, afirmando que se trata do primeiro caso da variante da clade I a ser detetado fora do surto em curso nos países africanos.
A doença foi diagnosticada numa pessoa que procurou cuidados médicos em Estocolmo, depois de ter sido infetada numa zona de África onde esta estirpe do vírus se está a propagar, segundo deu conta a a agência de saúde pública do país.
O anúncio foi feito um dia depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado que o surto de mpox em vários países africanos constituía uma emergência sanitária mundial.
Esta foi a segunda declaração, nos últimos dois anos, de que a mpox constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII).
A maoria dos casos e das mortes relacionadas com o atual surto foi registada na República Democrática do Congo (RDC), mas o vírus foi detetado em pelo menos 12 outros países africanos, de acordo com os Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC).
“A emergência de um novo clado de mpox, a sua rápida propagação no leste da RDC e a notificação de casos em vários países vizinhos são muito preocupantes”, afirmou o Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no início desta semana.
“Para além dos surtos de outros clados de mpox na RDC e noutros países de África, é evidente que é necessária uma resposta internacional coordenada para travar estes surtos e salvar vidas”, acrescentou.
Existem dois subtipos do vírus mpox. O subtipo I, que é endémico na África Central, causa doenças mais graves e maior mortalidade. O surto global de 2022 foi causado pela Clade II, que é endémico na África Ocidental.
A agência sueca de saúde pública acrescentou, no entanto, que o doente que está a ser tratado no país contra o vírus “não altera o risco para a população em geral”.
Cerca de 300 casos de mpox tinham sido detetados na Suécia, relacionados com o surto mundial do vírus em 2022.