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Número de mortes por suicídio na Europa diminuiu 13% numa década

Publicado 22.09.2024, 18:00
Número de mortes por suicídio na Europa diminuiu 13% numa década

O número de mortes por suicídio está a diminuir na UE.

Em 2021, registaram-se cerca de 47 000 mortes por suicídio em todo o bloco de 27 países, menos 13,3% do que em 2011, quando os dados começaram a ser registados.

Isto equivale a uma média de 10,2 mortes por cada 100.000 pessoas.

"Um suicídio é um número demasiado elevado. O facto de termos tido uma diminuição da taxa de suicídio de 13% na UE e, claro, uma diminuição mais lenta do suicídio no resto do mundo, significa uma coisa e apenas uma coisa: que não devemos celebrar, mas devemos tirar as lições", disse à Euronews a Dra. Ledia Lazëri, Conselheira Regional para a Saúde Mental do Gabinete Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa.

Taxa de mortalidade devido a lesões autoprovocadas intencionalmente na Europa em 2021, por 100 000 habitantes. Eurostat

A Eslovénia registou a taxa de suicídio mais elevada da UE em 2021, com 19,8 mortes por 100 000 habitantes. Segue-se a Lituânia e a Hungria.

No extremo oposto da escala, Chipre registou as taxas de mortalidade padronizadas por suicídio mais baixas, com 2,7 mortes por 100 000 habitantes. O país está à frente da Grécia e da Itália.

A taxa de suicídio continua a ser mais elevada entre os homens do que entre as mulheres, sendo os homens responsáveis por mais de três quartos de todas as mortes por suicídio.

O número mais elevado de mortes por suicídio na UE registou-se no grupo etário dos 45 aos 64 anos, com 17 441 mortes, o que representa 37% do total, segundo o Eurostat.

Total de mortes por lesões autoprovocadas intencionalmente, por sexo, na Europa em 2021. Eurostat

Prevenção do suicídio

Apesar do sucesso na redução dos suicídios, as lacunas no tratamento das doenças mentais na Europa continuam a ser elevadas, afirmou a Dra. Ledia Lazëri, apelando ao envolvimento de outras partes interessadas para além dos profissionais de saúde na prevenção do suicídio.

"Precisamos também de uma colaboração mais forte, por exemplo, com a polícia. Precisamos de uma colaboração mais forte com a justiça e as prisões, porque um grande número de suicídios está a ocorrer em instituições como as prisões, por exemplo. E precisamos de uma boa colaboração com as escolas. Precisamos de uma boa colaboração com o local de trabalho", afirmou a Dra. Ledia Lazëri.

Em 2021, a Organização Mundial de Saúde publicou o LIVE LIFE, um guia de implementação para a prevenção do suicídio nos países, que descreve várias estratégias que se revelaram eficazes na prevenção do suicídio.

A primeira é limitar o acesso aos meios para completar o suicídio, tais como armas, pesticidas ou certos pontos de pontes; a segunda é colaborar com os meios de comunicação social para uma informação responsável sobre o suicídio; outra é ajudar a população com competências socio-emocionais; e por último, mas não menos importante, a quarta e última estratégia é a identificação precoce de comportamentos suicidas.

Quebrar o estigma

"Há alguns países que têm a perceção de que o suicídio aumentou. Eu diria que, em vez de haver um aumento do número de suicídios, temos uma melhor notificação de suicídios devido a um menor estigma", afirmou a Dra. Ledia Lazëri.

No entanto, em muitas culturas, "o estigma em torno do suicídio continua a ser muito, muito elevado", acrescentou.

A conselheira regional da OMS também quer desmistificar o mito entre os profissionais de saúde de que, se falarmos de suicídio com alguém, estaremos a instigar ideias suicidas nessa pessoa.

"Nunca se deve ter vergonha de falar sobre suicídio com uma pessoa que se pensa estar a pensar em suicidar-se", afirmou a Dra. Ledia Lazëri. "Dessa forma, ganha-se tempo e, provavelmente, está-se a salvar uma vida, só porque se está a falar do maior desafio dessa pessoa e a dar-lhe uma oportunidade de o eliminar."

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