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OMS classifica talco como "provavelmente cancerígeno" para os seres humanos

Publicado 09.07.2024, 16:54
Atualizado 09.07.2024, 17:10
© Reuters.  OMS classifica talco como "provavelmente cancerígeno" para os seres humanos

O talco foi classificado como "provavelmente cancerígeno" para os seres humanos pela agência do cancro da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Um grupo de trabalho de 29 cientistas de 13 países reuniu-se na Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC) em Lyon, França, e publicou as suas conclusões na revista The Lancet Oncology na semana passada.

A classificação é o "segundo nível mais elevado de certeza de que uma substância pode causar cancro". A classificação anterior do talco era de "possível carcinogéneo".

O talco foi classificado "com base numa combinação de provas limitadas de cancro em seres humanos (no caso do cancro do ovário), provas suficientes de cancro em animais experimentais e fortes provas mecanicistas de que o talco apresenta características-chave de agentes cancerígenos em células primárias humanas e em sistemas experimentais", afirmou o grupo de peritos em comunicado de imprensa.**

As suas conclusões baseiam-se em vários estudos que demonstram um risco acrescido de cancro do ovário nas mulheres que utilizam pó de talco na zona genital, mas a relação causal "não pôde ser totalmente estabelecida".

Entre a população em geral, o talco é mais conhecido como um pó branco para bebés, mas o mineral é também um componente comum na maquilhagem e nos produtos de cuidados de pele.

As pessoas também podem ser expostas ao pó quando este é extraído, moído ou processado, ou quando se fabricam produtos a partir dele.

Preocupações com a contaminação por amianto

O talco e o amianto são ambos minerais naturais que se encontram muito próximos da Terra.

Esta associação próxima durante a formação pode levar à contaminação quando o talco é extraído e processado.

O amianto é um conhecido agente cancerígeno quando inalado e as preocupações com a contaminação por amianto em produtos de talco existem desde a década de 1970, de acordo com uma nota da Food and Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, publicada em abril.

A empresa farmacêutica Johnson & Johnson tem enfrentado milhares de ações judiciais, nos EUA, relacionadas com os seus produtos de pó de talco e com a possibilidade de estarem contaminados com amianto.

A nova avaliação dos peritos centrou-se no talco que não contém amianto, lê-se na declaração da IARC. No entanto, "a contaminação do talco com amianto não pôde ser excluída na maioria dos estudos."

"Muita incerteza aqui"

Kevin McConway, professor emérito de estatística aplicada na Open University, no Reino Unido, afirmou, num comunicado publicado pelo Science Media Centre, que quando a Agência Internacional de Investigação do Cancro(IARC) classifica uma substância nesta série de publicações, não diz nada especificamente sobre se a exposição à substância aumenta o risco de cancro em humanos.

"Em vez disso, o seu objetivo é responder à questão de saber se a substância tem potencial para causar cancro, em determinadas condições que a IARC não especifica", afirmou, acrescentando que "não existe uma prova cabal de que a utilização de talco provoque um aumento do risco de cancro."

Mesmo que a relação observada fosse causal, o risco associado seria muito pequeno. "Ainda há muita incerteza", afirmou McConway numa declaração.

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