A Boeing (NYSE:BA) vai cortar mais de 30 mil postos de trabalho, em dois anos, quase o dobro do que inicialmente tinha previsto.
O anúncio da fabricante de aviões norte-americana surgiu esta quarta-feira e foi justificado com a crise provocada pela pandemia da Covid-19 e aos problemas que a empresa teve com o modelo 737 Max, que esteve envolvido em dois acidentes fatais.
A Boeing anunciou, ainda, perdas acumuladas de cerca de três mil milhões de euros, entre janeiro e setembro, e uma queda de 27% nas vendas.
O anúncio da Boeing ocorre dias depois de a rival europeia Airbus ter anunciado que vai cortar 15 mil postos de trabalho, mais de 4 mil serão em França.
A fabricante europeia anunciou, no início de outubro, que iria reduzir a atividade em 40% devido à pandemia, mas garantiu ter encomendas já "para vários anos"
As duas empresas têm estado no cerne da guerra comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos da América.
Em meados deste mês, um ano depois de punir o bloco europeu por subsidiar a Airbus, a Organização Mundial do Comércio autorizou Bruxelas a adotar tarifas retaliatórias de 3.400 milhões de euros contra Washington por causa de ajudas públicas à Boeing.