Os patrões das companhias aéreas querem uma generalização dos testes de coronavírus aos passageiros para substituir a quarentena obrigatória. Avisam que a descoberta da vacina pode distrair da prioridade imediata de abrir as viagens aéreas e dizem que, a curto prazo, a vacina pode ter um efeito negativo para viajar, uma vez que as pessoas adiam a reserva de voos até terem sido imunizadas.
Johan Lundgren, chefe executivo da easyJet (LON:EZJ), disse ao Financial Times que "pensa haver razões para ser positivo. Mas ninguém sabe por quanto tempo a pandemia vai continuar antes de a vacina a ser lançada".
Já o líder da British Airways, Sean Doyle, diz que "a vacina é uma grande notícia e isso encoraja. Mas os detalhes de quando é lançada, a que escala e quando terá um efeito material nas viagens não são claros". Doyle pede uma solução a curto prazo para retomar as viagens.
Guillaume Faury, da Airbus, disse que as vacinas não devem estar amplamente disponíveis antes do próximo ano "e provavelmente não antes do segundo semestre".
"Mal podemos esperar pela chegada das vacinas. Temos de utilizar testes em larga escala. Estamos agora a entrar num segundo inverno da pandemia, a procurar formas de testar em grande escala que permitiriam alguma recuperação no tráfego de passageiros", disse o homem-forte da construtora aeronáutica europeia.
Enquanto, na Europa, o coro uníssono dos lideres do setor pede o fim das quarentenas obrigatórias e a disponibilização dos testes para que haja uma retoma, na Austrália a perceção é outra: A companhia aérea Qantas vai mais longe que as congéneres europeias e pensa passar a exigir a vacina contra a Covid-19 a quem entrar nos aviões, assim que esta estiver disponível.