A União Europeia tem agora mais um motivo para acelerar o Acordo de Investimento com a China, que tem vindo a ser negociado desde 2014 e que já este ano foi colocado como iminente por ambas as partes, com base nos critérios de qualidade, transparência e de comportamento de empresas públicas.
Anunciada este domingo, o acorde de base para a criação de uma nova Parceria Económica Regional Ásia-Pacífico, promovida pela Associação de Países do Sudeste Asiático e incluindo 15 nações, entre elas, China, Coreia do Sul e Japão, vai criar a maior zona franca do mundo.
Será um mercado de 2,2 mil milhões de consumidores, responsável por 30% da produção mundial.
O primeiro-ministro do Vietname confia que este acordo de livre-comércio Ásia-Pacífico "vai ser aprovado e tornado realidade muito em breve pelos países envolvidos" e assim, deseja Nguyen Xuan Phuc, "contribuir para a recuperação das respetivas economias do impacto da pandemia de covid-19, promovendo a prosperidade para as pessoas e para as empresas nos parceiros".
Esta nova parceria Ásia-Pacífico não cruza o oceano por completo, ficando-se pela Nova Zelândia e a Austrália pelos parceiros não asiáticos.
Promete ser mais um tratado internacional do Pacífico que deixa os Estados Unidos à margem depois de Donald Trump ter retirado o país da Parceria Trans-Pacifico (TPP) e de este ter dado lugar a um novo acordo comercial trans-pacífico juntando, por exemplo, Austrália, Canadá, Japão e México.
O novo mercado comum asiático a ser criado integra agora a China e pode permitir a Pequim minimizar os danos provocados pela recente guerra comercial com a Administração Trump, colocando nas mãos de Joe Biden mais uma batata quente para resolver: o papel dos Estados Unidos na economia mundial.