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SÃO PAULO, 22 Out (Reuters) - O dólar operava em forte queda nesta terça-feira, descendo à casa de 4,06 reais, nas mínimas em duas semanas, com expectativas positivas do mercado sobre a votação final da proposta da reforma da Previdência no Senado.
O real liderava os ganhos nos mercados globais de câmbio, num dia de força para várias divisas emergentes pares da brasileira.
Por volta de 12h43, o dólar à vista BRBY cedia 1,48%, a 4,0695 reais na venda, depois de recuar a 4,0684 reais, menor patamar intradia desde 9 de outubro.
O dólar futuro DOLc1 também mostrava forte queda na sessão, recuando 1,45%, a 4,0725 reais.
A queda da moeda norte-americana ganhou força depois que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) favorável à reforma da Previdência, abrindo caminho para votar ainda nesta terça-feira em plenário da Casa o segundo turno da proposta. temos um viés de queda, e esse viés de queda se deve principalmente a uma melhora no ambiente local", afirmou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
Em entrevista após a aprovação na CCJ, Tasso afirmou que a proposta tem 99% de chances de ser aprovada em segundo turno no plenário.
Também nesta terça, o Banco Central não vendeu nenhum contrato de swap cambial reverso, de oferta de 10.500, e nem dólar à vista, de oferta de até 525 milhões de reais. Com isso, a autarquia vendeu todos os 10.500 contratos de swap cambial tradicional ofertados na sessão, em leilão de rolagem do vencimento dezembro de 2019. cenário externo, o ambiente também era mais positivo para ativos mais arriscados, apesar das incertezas em torno da votação do acordo do Brexit.
Outras moedas emergentes pares do real, como a lira turca TRY= e o peso mexicano MXN= , também se valorizavam contra o dólar, enquanto a libra GBP= recuava frente à moeda norte-americana antes da votação do texto do Brexit pelo Parlamento britânico ainda nesta terça-feira. O peso chileno CLP= mostrava recuperação parcial depois da forte queda da véspera, motivada por violentos protestos no país. (Por Luana Maria Benedito e Stéfani Inouye Edição de José de Castro)