LONDRES, 12 Out (Reuters) - As 'yields' das obrigações do governo do sul da Europa estão a pairar perto de mínimos históricos, com os investidores a anteciparem uma nova ronda de estímulos do Banco Central Europeu para ajudar a impulsionar uma economia que teve uma recuperação acidentada das profundezas da crise da COVID-19.
Os rendimentos das obrigações do Estado italianas a 30 anos atingiram um novo mínimo recorde na segunda-feira, enquanto os custos de financimento espanhóis e portugueses estão também a pairar em torno de mínimos de um ano, com as suas 'yields' a 10 anos em direcção a zero.
Isto reflecte uma recuperação económica mais lenta do que o esperado na Europa e observações dos principais decisores políticos que sugerem a necessidade de mais estímulos monetários e fiscais, disseram os analistas.
"A principal razão é a crescente probabilidade de apoio do BCE, especialmente uma extensão da flexibilização quantitativa", disse o estratega de taxas ING, Antoine Bouvet.
O longo final das curvas das obrigações italianas e espanholas têm tido um desempenho particular, com os rendimentos italianos a 30 anos a caírem sete pontos base só na sexta-feira para 1,60% e a descerem cerca de 40 pontos base ao longo do último mês.
Atingiu um novo recorde de baixa de 1,598% na segunda-feira. IT30YT=RR
As 'yields' de referência a 10 anos para Espanha e Portugal estão a 0,17% e 0,18% respectivamente, com os analistas a recusarem-se a descartar uma primeira vez um mergulho em território negativo para esta dívida. ES10YT=RR , PT10YT=RR
Texto integral em inglês: (Por Abhinav Ramnarayan; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)