LISBOA, 13 Out (Reuters) - As valorizações da família EDP (SA:ENBR3), da Jerónimo Martins e da Mota-Engil permitiram à Bolsa de Lisboa .PSI20 encerrar com um ganho de 0,08 pct, em contraciclo com as quedas fortes das praças europeias e norte-americanas, após os fracos dados do comércio na China terem reacendido receios quanto à saúde da segunda economia mundial, segundo traders.
* A EDP EDP.LS ganhou 0,98 pct, a EDP Renováveis EDPR.LS subiu 0,78 pct e a Jerónimo Martins JMT.LS somou 0,85 pct.
* Suporte adicional da banca, com o BCP BCP.LS a somar 0,65 pct e o BPI BBPI.LS a ganhar 0,18 pct, contrariando o cenário negativo da banca europeia. O índice sectorial .SX7P recuou 2,14 pct.
* A liderar as subidas percentuais esteve a Mota-Engil MOTA.LS ao escalar 3,26 pct.
A maior construtora portuguesa tem como novo objectivo estratégico ter um Free-Cash Flow acumulado para o período de 2016 a 2020 superior a 1.000 milhões de euros, com o FCF to equity acumulado para 2016-2020 superior a 450 ME.
Visa ainda aumentar o volume de negócios para 4.000 ME, com retoma das economias africanas; recuperação do preço das commodities; manutenção da apetência de investidores para financiamento de grandes projetos em África e América Latina, quer através de equity quer através de financiamento clássico. Pela negativa, a Altri ALSS.LS recuou 2,16 pct, a Navigator NVGR.LS perdeu 1,83 pct, a NOS NOS.LS caiu 1,26 pct e a Corticeira Amorim CORA.LS desceu 1,26 pct.
* A Galp GALP.LS desceu uns ligeiros 0,08 pct, numa altura em que o barril de Brent LCOc1 soma 0,3 pct, após ter sido divulgada uma queda maior que a prevista dos inventários.
* Na Europa, o índice STOXX 600 .STOXX caiu 0,97 pct, com todos os sectores no 'vermelho', excepto o das utilities. A liderar as quedas, o índice STOXX 600 para banca, com destaque para as quedas mais fortes da banca grega e italiana.
* A 'yield' das Obrigações de Portugal a 10 anos alivia 3 pontos base para 3,39 pct, um dia antes do Governo apresentar o Orçamento de Estado de 2017, negociando próximo do mínimo deste volátil mês de Outubro, com esperança que o BCE avance com uma extensão do seu programa de compra de activos. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Daniel Alvarenga)