LISBOA, 6 Dez (Reuters) - A bolsa de Lisboa deverá abrir sem uma tendência definida com a restante Europa, após o fecho ligeiramente positivo de Wall Street e das acções asiáticas terem tido o maior ganho em dois anos, havendo receios quanto ao impacto da instabilidade política em Itália, segundo dealers.
Os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e do francês CAC FCEc1 seguem a oscilar entre uma queda de 0,11 pct e uma subida de 0,2 pct.
* Ontem, o índice accionista português PSI20 .PSI20 fechou a ganhar 0,43 pct, apoiado nos ganhos das retalhistas e da petrolífera Galp Energia GALP.LS , acompanhando a Europa, com os mercados imunes a receios de instabilidade política após o chumbo das propostas de revisão constitucional no Referendo italiano.
* O presidente italiano, Sergio Mattarella, disse ao primeiro-ministro, Matteo Renzi, na segunda-feira, para adiar a sua renúncia até que o Parlamento aprove o orçamento de 2017, o que pode ser feito até a próxima sexta-feira.
Renzi anunciou que renunciaria após a sua derrota no referendo de domingo, quando os italianos rejeitaram de forma esmagadora as suas propostas de reforma da Constituição.
* O resultado do referendo italiano durante o fim-de-semana levantou dúvidas sobre se Monte dei Paschi irá em frente com um crucial aumento de capital. O Morgan Stanley (NYSE:MS) disse numa nota que a ajuda estatal para o problemático banco parecia cada vez mais provável.
Apesar dos mercados terem em grande parte incorporado a vitória do 'Não' em Itália, esta incerteza chega num momento sensível em que o problemático Monte Paschi está a tentar levantar 5.000 milhões de euros.
A volatilidade pode dificultar os seus esforços, potencialmente perturbando o resto do sector bancário.
Na quinta-feira o 'board' do BCE reúne.
Os investidores esperam que o Conselho de Governadores considere as implicações dos últimos eventos políticos, como o resultado do referendo constitucional de Itália e a forte subida global nos 'yields' das obrigações, que levou a um apertar das condições de financiamento na Europa.
PRESS DIGEST:
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* Domingues trabalham com Macedo plano da Caixa (Jornal de Negócios)
* Esquerda deixa passar salários milionários na CGD (Diário de Notícias)
* Costa: CGD foi "maquilhada" para ter "saída limpa" (Observador)
* UTAO: défice até setembro ficou em 2,5 pct a 3,1 pct PIB (Dinheiro Vivo)
AGENDA NACIONAL:
- 'Strategy Day' do Grupo Pestana.
AGENDA INTERNACIONAL (TMG):
- Ordens à industria de Outubro, Alemanha (0700)
- PIB do terceiro trimestre, Zona Euro (1000)
- Comércio internacional de Outubro, EUA (1330)
- Produtividade e custos unitário do trabalho do terceiro trimestre, EUA (1330)
- Bens duradouros e ordens às fábricas em Outubro, EUA (1500) (Por Sérgio Gonçalves)