LISBOA, 30 Nov (Reuters) - A bolsa de Lisboa deverá abrir à 'tona de água' com as restantes praças europeias, após o fecho positivo de Wall Street, havendo alguma ansiedade dos investidores sobre se o cartel OPEP conseguirá hoje chegar a acordo para cortar a produção de petróleo e suportar o seu preço, segundo dealers.
Os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e do francês CAC FCEc1 seguem a subir entre 0,05 pct e 0,11 pct.
* Ontem, as quedas da Galp Energia (LS:GALP), da telecom NOS e do BCP (LS:BCP) impediram a Bolsa de Lisboa de acompanhar os ganhos das maioria das praças europeias, impulsionadas pelo crescimento, maior que o previsto, da economia norte-americana, enquanto a queda a pique do preço do petróleo limitou as valorizações.
* O índice STOXX 600 .STOXX , que agrupa as 600 maiores cotadas europeias, fechou ontem a ganhar 0,25 pct, apoiado na recuperação do sector financeiro, do retalho e das utilities, enquanto as quedas superiores a 1 pct das mineiras e empresas petrolíferas travaram maiores subidas.
* Entre as principais bolsas europeias, ontem apenas Londres acompanhou Lisboa num fecho negativo.
* O INE divulgará hoje a leitura final do crescimento do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre em Portugal e também os dados mensais do desemprego relativos a Outubro.
* O principal tema do mercado tem sido o tombo dos preços do petróleo, com sinais que os principais produtores estão com dificuldades em chegar a um acordo para cortar a produção e reduzir o excesso de oferta global.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reúne hoje em Viena com vista a finalizar um acordo de Setembro para cortar a produção.
* Os mercados também têm sido marcados pela incerteza quanto ao desfecho do referendo em Itália, com os investidores a recearem que o país entre num cenário de grande instabilidade política se o primeiro ministro pró-euro Matteo Renzi não conseguir ter o 'OK' para as alterações constitucionais que propôs.
As sondagens apontam para o chumbo, a 4 de dezembro, destas mudanças.
* Ontem, a maioria de esquerda do Parlamento português aprovou o Orçamento de Estado (OE) para 2017 do Governo minoritário socialista, que aumenta pensões e elimina a sobretaxa de IRS, mas agrava os impostos indirectos, visando cortar o défice público para 1,6 pct do PIB no próximo ano contra 2,4 pct este ano.
PRESS DIGEST :
A Reuters não verificou a veracidade das notícias incluídas neste Press Digest e não se responsabiliza pelo seu conteúdo.
* Perigo de devassa fiscal está a aumentar (Jornal de Negócios)
* Domingues foi vítima de "turbilhão mediático politicamente instrumentalizado a resvalar para a demagogia populista". (Expresso)
* CGD: Nove administradores contestaram e cinco não apresentaram declarações. (Dinheiro Vivo)
* Portugueses dispostos a acolher refugiados mas não imigrantes (Público)
AGENDA NACIONAL:
- INE divulga Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego, Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas no Comércio a Retalho
- Índices de Produção Industrial de Outubro de 2016
- Contas Nacionais Trimestrais do terceiro trimestre, leitura final.
AGENDA INTERNACIONAL (TMG):
- 0855 Desemprego Alemanha em Novembro
- 1000 Inflação Alemanha, zona euro e Itália em Novembro
- 1315 Dados emprego ADP Estados Unidos em Novembro
- 1330 Produto Interno Bruto Canadá no terceiro trimestre 2016.
- 1330 Dados consumo Estados Unidos em Outubro
- 1445 Chicago PMI em Novembro (Por Sérgio Gonçalves)