Europa: a sessão de ontem foi de ganhos para os principais índices europeus de ações, beneficiando do sentimento positivo na abertura dos índices dos EUA.
Mercado de dívida de governos na Zona Euro: sessão mista para as yields a 10 anos na região. Alemanha (+0,8 pontos de base), e França (+0,4 pontos de base) apresentaram subidas, enquanto Grécia (-1,0 pontos de base), Portugal (-0,3 pontos de base) e Itália (-1,6 pontos de base) registaram descidas.
Peter Preat, membro do Comité Executivo do Banco Central Europeu e economista-chefe da instituição, referiu na segunda-feira que a política monetária estará dependente dos dados económicos divulgados.
Portugal: o índice PSI20 ganhou ontem 0,59%. 10 das 18 cotadas do índice terminaram a sessão com ganhos, com destaque para EDP (LS:EDP) (+3,8%, após as notícias do interesse da ENGIE) e Mota-Engil (+2,0%, após as fortes perdas de sexta-feira). Pharol (LS:PHRA) (-2,7%) e Semapa (LS:SEM) (-1,3%) lideraram as perdas.
Num artigo de opinião publicado no jornal Público, Mário Centeno relembrou que a evolução positiva do défice, com um valor melhor do que o previsto no Programa de Estabilidade, deveu-se à menor despesa em juros, e ao ambiente positivo em termos de crescimento económico. O Ministro das Finanças acredita que é necessário aproveitar o momento, com Portugal a crescer a um ritmo mais elevado do que o resto de Europa, com o objetivo de preparar o país para cenários económicos mais adversos, que levem a uma deterioração do saldo das contas públicas. Desta forma, Mario Centeno vê a melhoria do saldo orçamental em 2017 como essencial para garantir que o país não volte a entrar num Procedimento por Défice Excessivo, mesmo perante um enquadramento económico desfavorável.
Em Itália, o presidente Sergio Mattarella poderá proceder à segunda ronda de negociações com os líderes dos partidos, na procura de uma solução de Governo, já esta quinta-feira. Entretanto, segundo as notícias de ontem, Matteo Salvini, líder do movimento 5 Stelle, interrompeu o diálogo com o Lega, uma vez que não considera ser possível a formação de um Governo com a forza Italia.
O Congressional Budget Office apontou ontem para um défice orçamental de 4% do PIB no ano fiscal de 2018 (vs. 3,5% no ano anterior), o que representa um aumento de 1,2 pontos percentuais face às projeções de junho de 2017. Para os próximos 2 anos, a CBO espera défices de 4,6% do PIB (o que representa revisões em alta de 1,3 e 1,0 pontos percentuais para os anos fiscais de 2019 e 2020, respetivamente), sendo atingido 5,1% do PIB em 2028.
Entretanto, no Brasil, a Moody’s manteve o rating do país em Ba2, mas melhorou o Outlook de negativo para estável, uma decisão justifica pela expectativa em como o Governo será capaz de aprovar as reformas fiscais necessárias para estabilizar a dívida pública no médio prazo, assim como o efeito esperado de perspetivas económicas mais favoráveis na consolidação orçamental.
Ásia: sessão positiva para a maior parte dos principais índices de ações na região, após no seu aguardado discurso o presidente da China Xi Jinping ter defendido uma maior abertura da economia, a globalização, o comércio livre e o diálogo para resolver problemas. Referiu que a China irá acelerar o programa de reformas, e apontou para a redução das tarifas nas importações de automóveis, permitir uma maior acesso ao setor financeiro, aumentar o limite para as participações em joint-venture no setor automóvel e melhorar a proteção aos direitos de propriedade intelectual: TOPIX +0,35%, HANG SENG +1,63% no momento em que escrevemos, SHANGHAI COMPOSITE +1,08% no momento em que escrevemos, HSCEI +2,03% no momento em que escrevemos, TAIEX +0,31%, KOSPI +0,27% e S&P/ASX200 +0,83%. O dólar norte-americano sobe 0,42% face ao iene no momento em que escrevemos, o que também sugere um ambiente de menor aversão ao risco.
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